De acordo com a análise do gerente administrativo da TKE Logística, Franco Gonçalves, apesar dos resultados positivos, o setor na região Sul ainda enfrenta os efeitos da instabilidade.

Conforme dados divulgados no mês de dezembro/24 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o setor de transporte de Santa Catarina acumulou uma alta de 7,6% entre janeiro e setembro de 2024. Esse percentual é o segundo maior entre os estados do Sul e Sudeste, ficando atrás apenas do Espírito Santo, que alcançou 8,9%. Assim, o desempenho de Santa Catarina superou o de estados como São Paulo (-4,1%), Paraná (+1,3%) e Minas Gerais (+2,8%).

Em setembro, o setor de transporte teve um expressivo crescimento de 12,5% em comparação ao mesmo mês de 2023. Nos últimos 12 meses, o modal também apresentou resultados favoráveis, com um aumento de 8,3%.

Transporte rodoviário de cargas

Entretanto, mesmo com os números positivos apresentados, o segmento na região Sul ainda sofre impactos com a instabilidade. Segundo Franco Gonçalves, gerente administrativo da TKE Logística, o cenário atual não está muito favorável.

“Esse ano tem sido um ano de desafios. O fluxo na região Sul do país tem se mostrado instável, e os custos operacionais continuam subindo diariamente. Existe uma crescente demanda por serviços logísticos mais ágeis, seguros e eficientes, mas é preciso colocar na ponta do lápis as despesas exigidas e se a operação que estão te oferecendo cobre este valor”, afirmou.

Preocupação do setor

Segundo a empresa, um dos fatores-chave para a manutenção dos resultados apresentados é o investimento nas malhas rodoviárias, que passará por mudanças em alguns estados brasileiros no próximo ano. O Governo Federal planeja, em 2025, adotar um novo modelo de concessão de rodovias, com contratos “light” para atrair o setor privado e proporcionar pedágios mais acessíveis. Esse modelo será implementado em trechos do Rio de Janeiro, Minas Gerais, Goiás, Santa Catarina e Bahia.

O novo modelo se destaca pela diminuição das exigências tradicionais, como a duplicação de faixas e grandes obras, priorizando investimentos em melhorias essenciais, como manutenção de pistas, sinalização e ajustes no traçado. O foco é reduzir os custos e as tarifas de pedágios nas rodovias mais importantes para o transporte de cargas.

Fonte: Mundo Logística

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